Uns contam com tutores bem preparados, outros nem tanto. Alguns exigem maturidade e autodisciplina em um nível inadequado, outros oferecem suporte suficiente para os estudos e estimulam e desenvolvem esses atributos no educando. Muitos cursos têm o potencial de comunicação multidirecional (onde todos podem, além de consumir, produzir informações), mas carregam no seu DNA o modelo unidirecional (onde um transmite para os demais). Estes praticam a educação transmissiva e deixam de explorar o que há de mais positivo com a presença das novas tecnologias: a liberação do polo de emissão, que dá ao espectador facilidade e liberdade para produzir e veicular seus conteúdos.
Novos dispositivos comunicacionais ainda trarão muitas mudanças à educação on-line. É muito provável que, em um futuro próximo, tenhamos plataformas de educação a distância inspiradas nas redes sociais, e que os cursos aconteçam em sistemas complexos de ensino, em parte presencial, em parte mediados por ambientes virtuais. Teríamos, assim, a educação a distância não mais como um sistema complementar, mas como parte integrante de um sistema de ensino que responde às necessidades contemporâneas.
Seja como for, educadores e educandos precisam estar atentos a esses modelos e mudanças para fazerem parte de uma educação em rede cuja orientação seja a transformação desta sociedade em uma menos desigual. Em caso contrário, estarão caindo na rede como peixes.
Wendel Freire
Professor e autor do livro ‘Ensino-aprendizagem e Comunicação
Jornal O Dia On line 25/01/2011

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